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As quarto estações da vida
Você já parou para observar as quatro estações do ano?
Em algumas regiões elas pouco variam, mas na grande maioria são bem marcantes.
Primavera, verão, outono e inverno. Todas têm seu encanto próprio e cada uma delas traz um convite especial.
A primavera é uma estação agradável, prazerosa; a floração é sua principal característica. O trabalho dos insetos na polinização dá o tom da intensa atividade dessa bela estação.
Depois vem o verão, com seu calor...
Tempo de férias em alguns países, tempo de alegria, de estar junto aos amigos e à família; tempo de convívio mais próximo à natureza.
O outono é a preparação para o frio; é a estação da colheita; nesse período o sol fica mais fraco e as folhas das árvores se vestem de um belo colorido como que a se despedir da vida pulsante...
Quando chega o inverno, que é a estação do frio, já não há mais sinal de verde; o vento gelado castiga a paisagem desolada e cinzenta. A natureza parece ter morrido para sempre.
Se compararmos a nossa vida com a natureza, perceberemos que também ela tem suas estações.
A primavera poderia representar a infância e a adolescência na vida do homem: tempo de folguedos, de alegria, de uma certa despreocupação; tempo de intensas atividades, que parecem durar para sempre...
O verão poderia representar a fase adulta; tempo de sair de casa, de convívio social mais intenso: os filhos, o trabalho, os amigos.
Quando chega o outono na vida do homem, é tempo em que o sol da energia vital começa a se enfraquecer. Tempo de recolher a semeadura; tempo em que o ser se prepara para o inverno, que certamente virá.
O inverno, na vida do homem, é a estação de quase total recolhimento. É um tempo de se cuidar, de aconchegar-se mais aos que estão próximos, tempo de despedidas...
Quando falamos homem, falamos desse ser material, desse corpo que, por ser matéria, sofre as consequências das leis que regem a matéria. Assim como acontece com a natureza, em que o inverno apenas aparentemente acaba com a vida, também o desaparecimento do homem não implica o aniquilamento da vida.
As estações se repetem em ciclos sem fim, e a vida se renova constantemente.
A primavera é a estação da semeadura da vida, o verão é a germinação e o outono traz a colheita. Inverno é tempo de retemperar as forças, tempo de descanso para o novo ciclo que virá, e assim sucessivamente.
Todavia, assim como as estações não são as mesmas em todas as regiões da Terra, a vida dos seres humanos tem particularidades exclusivas para cada um.
A existência num corpo físico é apenas uma das tantas estações da vida do Espírito, que sobrevive eternamente. De cada existência num corpo físico o homem retira seu aprendizado. E poderíamos dizer que é principalmente nos outonos e invernos da vida que ele mais aprende a perceber o que a vida lhe deseja ensinar.
Quando o outono chega, e o sol da existência se torna mais fraco, o homem volta seu olhar para dentro de si mesmo, como a buscar ali as semeadura feita nos distantes anos de sua juventude.
Muitos dos seus amores já não estão mais em sua companhia...
Alguns já partiram, outros se despedem da vida, como as folhas secas que se destacam do tronco, silenciosas...
Ele agora se dá conta de que o inverno é inevitável, e se prepara para enfrentar o frio.
Em um mundo como o nosso, em que o egoísmo ainda tem mais força que o amor, um homem velho geralmente representa apenas um peso a mais na economia social... Mas para o Grande gestor das estações da Vida, é o final de mais uma estação da qual o Espírito imortal pode sair mais vigoroso, mais pleno de virtudes, mas sábio, mais próximo do seu Criador.
Assim como a natureza revive exuberante após a fria estação do inverno, também o Espírito ressurge, invencível, mais fortalecido pelas experiências bem aproveitadas nessa curta passagem pela vida na matéria, que chamamos existência.
Equipe Filosofia no ar / TC 15/05/2009
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