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MÁXIMAS ÉTICAS DE EPITETO[1]
(Extraído do livro: Cultura e Ética, de Albert Schweitzer, Ed. Melhoramentos)
A Natureza é maravilhosa e cheia de amor à criatura.
Ó homens, aguardai o apelo de Deus. Quando ele vos chamar e vos substituir no vosso serviço, ide ter com Ele.
Por enquanto, porém, deveis permanecer tranquilamente no lugar em que ele vos colocou.
Trazes contigo um deus, ó infeliz, e não o sabes. Encerras o deus em ti próprio e não notas que o poluis com pensamentos impuros e com ações sórdidas.
Procura agradar-te a ti próprio e assumir uma atitude decente perante Deus.
Esforça-te por ser puro, por harmonizar contigo e por estar de acordo com Deus.
Mantém-te calado na maioria das vezes. Dize apenas o indispensável, em poucas palavras. Antes de tudo: não fales do teu próximo, nem bem, nem mal, nem comparativamente.
Não jures; não o faças nunca, ou o menos possível. Satisfaze da maneira mais modesta as necessidades do corpo em matéria de comida, bebida, vestimenta, habitação, criadagem. Evita chistes pesados que acarretem o perigo de te tornares vulgar e perderes o respeito dos demais homens.
Ao caminhares, cuidais para não pisar num prego nem torcer um pé. Cuida da mesma forma em não prejudicares a tua alma.
[1] Epiteto nasceu em Hierápolis, no ano 55 da nossa era, e morreu em Nicópolis, em 135. Foi um filósofo grego estóico que viveu a maior parte de sua vida em Roma, como escravo a serviço de Epafrodito, o cruel secretário de Nero que, segundo a tradição, uma vez quebrou-lhe uma perna.
Como viver um vida plena, uma vida feliz? Como ser uma pessoa com boas qualidades morais? Responder a estas duas perguntas fundamentais foi a única paixão de Epiteto. Embora suas obras sejam menos conhecidas hoje, em função do declínio do ensino da cultura clássica, tiveram enorme influência sobre as ideias dos principais pensadores da arte de viver durante quase dois mil anos.
Para Epiteto, uma vida feliz e uma vida virtuosa são sinônimos. Felicidade e realização pessoal são consequências naturais de atitudes corretas.
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